RESUMO
O Projeto de Educação Ambiental nas Escolas (Projeto Escola) desenvolvido desde 1990, integra o Plano de Ação de Educação Ambiental do Município de Vitória e é realizado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e de Serviços – SEMMAM, tendo como principal objetivo inserir a questão ambiental nos currículos escolares de forma interdisciplinar e transversal através de projetos/atividades voltadas à realidade local.
No ano de 2001 foi assinado o Termo de Cooperação Mútua entre as Secretarias Municipais de Meio Ambiente e Serviços– SEMMAM através do Departamento de Educação Ambiental- DEA e a Secretaria Municipal de Educação- SEMME com a empresa CORPUS – Saneamento e Obras Ltda., envolvendo as escolas das redes municipal e particular, com o objetivo de fomentar ações previstas no referido projeto.
Com o grande interesse pelo tema "Saneamento Ambiental", evidenciado nos projetos escolares em 2001, buscou-se o desenvolvimento de recursos didáticos que oferecessem aos educadores, informações e conceitos para subsidiá-los no processo ensino-aprendizagem. Assim, foi elaborado o livro "Nem tudo que é lixo é lixo" – Noções de Saneamento Ambiental" – cujo enfoque principal é o tema resíduos sólidos.
Com as novas parcerias estabelecidas, ampliou-se o número de unidades escolares atendidas pelo projeto, atingindo em 2002, um total de 60 escolas e envolvendo 250 profissionais.
PALAVRAS-CHAVE: educação ambiental, saneamento ambiental, resíduos sólidos, escola, meio ambiente.
Hoje, em seu atual estágio, o Projeto Escola avançou na ampliação de suas parcerias com as instituições públicas, privadas e organizações não governamentais, bem como consolidou essas parcerias com as escolas das diferentes redes de ensino (municipal e particular) e na orientação de temática diretamente ligadas ao cotidiano dos munícipes, formando grupos de multiplicadores, para a disseminação dos princípios fundamentais da educação ambiental, contribuindo assim para a melhoria da qualidade de vida.
O livro "Nem tudo que é lixo é lixo – Noções de saneamento Ambiental", com uma tiragem de 2000 exemplares, inaugura um estágio mais avançado desse trabalho da SEMMAM e de seus parceiros, voltado principalmente, mas não apenas, aos professores para oferecer-lhes substrato teórico e prático no desenvolvimento dos projetos ambientais, cuja temática tenha correlação com o seu conteúdo.
O referido livro tem como objetivo principal oferecer aos educadores, através de uma linguagem clara, simples e direta, informações e conceitos capazes de subsidiá-los no processo ensino-aprendizagem sobre o tema "Lixo", como um importante componente do saneamento ambiental. Partiu-se de uma abordagem histórica, em que são apresentadas informações sobre o crescimento urbano e populacional e os problemas enfrentados com relação a destinação dos resíduos; conceitos que contemplam as diferentes etapas que envolvem o processo de geração, coleta e destinação final do lixo, sugestão de atividades práticas que podem ser desenvolvidas nas escolas, e ainda, textos de apoio para professores.
Esta publicação não esgota a amplitude do tema e não pretende ser um trabalho técnico, mas sim, suscitar debates e reflexões, despertar o interesse por novas fontes de pesquisa e iniciativas próprias para enfrentar o problema e a mudança de comportamento da comunidade escolar, em especial quanto aos hábitos de consumo, redução do desperdício e destinação adequada do lixo.
METODOLOGIA
Consiste inicialmente na adesão das escolas ao referido projeto, que se formaliza através da assinatura de um Termo de Adesão, no qual a escola representada por seu diretor se compromete a participar do Projeto. Posteriormente os professores envolvidos participam das diferentes etapas do processo que envolvem:
1- Cursos de capacitação para professores, pedagogos e diretores das escolas;
2- Planejamento conjunto entre pedagogos e técnicos de Educação Ambiental da SEMMAM e da CORPUS, para elaboração dos projetos/atividades a serem desenvolvidas na escola;
3- Realização sistemática do planejamento pedagógico interdisciplinar, bimestralmente, pelos professores e pedagogos, com vistas ao desenvolvimento das atividades envolvendo a temática ambiental nas disciplinas envolvidas nos projetos escolares;
4- Reuniões mensais dos pedagogos com os técnicos de educação ambiental para acompanhamento e avaliação das atividades desenvolvidas;
5- Apresentação dos resultados dos projetos na Mostra Anual do Projeto Escola e no Seminário de Avaliação.
RESULTADOS
No ano de 2000, dez unidades escolares desenvolveram o tema "Saneamento Ambiental" em seus projetos, sendo que em 2002, todas as 60 escolas envolvidas desenvolveram o referido tema, nos seus mais diversos sub-temas.
Em dezembro de 2001 foi realizada a II Mostra Anual e o Seminário de Avaliação do Projeto Escola que promoveu a apresentação e avaliação dos projetos das unidades escolares, além de permitir o entrosamento e a troca de experiências entre os profissionais envolvidos. Com base nesta avaliação promovemos em 2002, um curso sobre saneamento ambiental para 240 professores, ministrado por profissionais da Associação Brasileira
de Engenharia Sanitária e Ambiental – ABES. Com base nos projetos e resultados obtidos pelas escolas estaremos produzindo um catálogo do Projeto Escola, com o objetivo de registrar as experiências e possibilitar a troca de informações entre os educadores e destes com demais instituições interessadas.
CONCLUSÕES
O processo educativo referente ao presente Projeto nos permite concluir até o momento que:
As parcerias entre as Secretarias de Meio Ambiente e de Educação foram fundamentais para o desenvolvimento de ações processuais em consonância com as políticas públicas, e que o envolvimento de parceiros da iniciativa privada, do caso a CORPUS, contribuiu para que alcançássemos os resultados conquistados.
O desenvolvimento dos trabalhos a partir da adesão voluntária, propicia um maior comprometimento e envolvimento por parte das escolas.
Em relação ao livro "Nem tudo que é lixo é lixo", consideramos que se concretizou como um instrumento eficaz no processo de ensino-aprendizagem, e tem possibilitado um maior amadurecimento e aprofundamento dos projetos desenvolvidos pelas escolas na área de saneamento ambiental.
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